sexta-feira, 1 de julho de 2011


De um ideal precário à articulação do óbvio que ainda precisa ser dito

Apesar dos vários estudos direcionados a LIBRAS, até hoje esse assunto ainda é considerada um tabu. Mesmo sendo considerada pela grande maioria como uma língua, isso só acontece na teoria, na prática é bem diferente, desconsidera-se quase que totalmente essa afirmação. A linguagem dos surdos é considerada universal, porém, sabe-se que não é assim, ou seja, da mesma forma que a língua falada, a linguagem de sinais também sofre suas modificações de acordo com a localidade de região. Por isso deve-se saber a importância de conhecer a estrutura de Libras para buscar uma nova abordagem sobre o estudo inclusivo, compreender o uso da Língua Brasileira de Sinais, que é aplicado para alunos com necessidades auditivas específicas. “Partindo desse pressuposto percebe-se que as línguas orais e de sinais são semelhantes em sua estrutura, mas como afirma Chomsky:” todas as línguas funcionam como sistemas combinatórios discretos, ou seja, apesar da aparente diferença as línguas, tanto de sinais quanto oral apresentam uma diferença apenas quanto à forma. Mesmo com todos os avanços nos estudos sobre a linguagem de sinais, ainda assim sofre preconceitos quanto a sua forma de expressão e significado.
Antigamente os surdos eram privados de todos os seus direitos, inclusive o direito a comunicação em massa, eram separados das demais pessoas consideradas "normais" e recebiam um tratamento diferenciado sendo educados em internatos ou mosteiros e asilos e apesar de serem discriminados e oprimidos, mas ainda assim resistiram, pois era proibido usar a linguagem de sinais por ser considerada algo diferente, obsceno e extremamente agressivo por ser extremamente expressiva. Chegou até a ser comparada com a linguagem dos chipanzés.
Hoje, a linguagem de sinais é vista de outa forma, com mais naturalidade e espontaneidade por parte de todos, já com novos adjetivos como, por exemplo; produtiva, flexível e criativa. A língua é versátil, e assim podemos discutir assuntos de qualquer tema ou nível. Vale lembrar que a linguagem de sinais não é universal como muitas pessoas imaginam, em cada país têm uma forma diferente para cada letra do alfabeto, o que ocorre, por exemplo, aqui no Brasil, e também a crença de ser uma adaptação da língua falada é falsa.

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